Não negocie minhas emocões! (Sam Baily)
Quando imaginamos um filme que critique a ação dos grandes grupos midiáticos rapidamente pensamos neste filme, se não fosse relativamente tão jovem poderíamos até chamá-lo de clássico. Talvez tenha sido um dos mais bem feitos filmes quando o objetivo é criticar a mídia, principalmente a televisiva. O longa conta ainda com uma belíssima atuação de John Travolta e Dustin Hoffman.
Max Brackett (Dustin Hoffman) é um jornalista expurgado da grande rede para uma pequena matriz do interior, isso após uma inaceitável (para um jornalista) crise de humanidade ao fazer uma reportagem ao vivo, justamente enquanto dividia a tela com o grande âncora da emissora. Assim, jogado para o interior e condenado a fazer pequenas reportagens, este homem tem a grande chance que esperava para retornar em grande estilo: Brackett estava no museu invadido por Sam Baily (John Travolta), um vigilante recém demitido. O que era para ser uma estúpida tentativa de reaver o emprego de volta acabou se tornando um grande desastre quando a arma que Sam carregava disparou atingindo uma pessoa, para piorar a situação o museu estava repleto de crianças que logo viraram reféns. Aproveitando da situação, o repórter faz de tudo para transformar aquele momento em um furo jornalístico, inclusive se mover perigosamente entre os sentimentos do instável Sam. Porém, através de uma exclusiva entrevista, Brackett conseguiu transformar aquele seqüestrador em uma vítima do sistema, um desempregado que não poderia deixar seus filhos dormirem na rua. Mas Sam não percebia que aquele evento estava crescendo e extrapolando os limites imaginados por Brackett, várias emissoras de televisão especulavam sobre aquele homem, por hora vítima do sistema, mas que logo se transformaria em um vilão.
É evidente as transformações dos principais personagens do filme. Sam Baily, que inicialmente parecia estar atônito, sem saber o que estava fazendo naquele museu, capaz de causar até simpatia, aos poucos se transforma em um homem nitidamente cansado, ainda perdido, mas bastante instável, apesar de não demonstrar perigo. O jornalista Brackett, verdadeiro representante da feroz fome jornalística, pelo menos no início da trama, aos poucos vai se dando conta de quanto interfere na vida das pessoas. É um movimento oposto ao da sua assistente Laurie (Mia Kirschner), de estagiária humanista que não exita em abandonar a câmera para ajudar um homem ferido, mas que nas cenas finais se mostra ávida por uma exclusiva com o que sobrou de Brackett.
Filme obrigatório para quem aprecia uma reflexão sobre a relação da mídia com a sociedade, é tão bem feito, tão bem estruturado que ao seu fim, comentá-lo vai parecer um grande clichê.
Título original: (Mad City)
Lançamento: 1997 (EUA)
Direção: Costa-Gravas
Atores: Dustin Hoffman, John Travolta, Mia Kirschner, Alan Alda.
Duração: 114 min
Gênero: Drama
Esse filme realmente é muito bom e mitura drama e suspense. Uma excelente dica amigo.
ResponderExcluirhttp://cinefilosg.blogspot.com
Estou seguindo seu blog, vc quer fazer parceria trocando links dos blogs?
ResponderExcluirhttp://cinefilosg.blogspot.com
Obrigatório mesmo...
ResponderExcluirAdorei a dica.
Abraços apimentados, Cápsula de Pimenta
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http://capsuladepimenta.blogspot.com
Esse filme eu assisti para a faculdade e me surpreendeu. É um filme que traz um conteúdo muito interessante para quem trabalha ou estuda comunicação e ao mesmo tempo tem uma trama com boas doses de suspense para agradar ao grande público. Uma excelente sugestão Marcos.
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