O nono raio deve ficar com os
brutos, estes são mais fáceis de controlar. (Matai Shang)
Quando literatura e cinema se
cruzam geralmente resulta em algo interessante. Não sei se é apenas uma impressão,
mas acredito que os roteiros adaptados possuem mais densidade, riqueza de
detalhes que os demais, claro que existem as exceções. John Carter: Entre dois
Mundos é uma adaptação da obra “A Princesa de Marte”, um clássico romance de
Edgar Rice Burroughs, mesmo criador do famoso Tarzan.
Os Estúdios Disney, ávidos por um
sucesso, investiram pesado neste longa, mais de duzentos e cinquenta milhões de
dólares, sem mencionar o gasto com marketing.
É um investimento alto e arriscado, pois, apesar do filme ser
interessante e divertido não promete ser um recordista de bilheterias. Mas espero
verdadeiramente que a Disney consiga lucrar bastante, pois a seqüência de John
Carter está condicionada ao desempenho do primeiro filme, e gostaria bastante
de acompanhar as próximas aventuras deste terráqueo em Barsoom, como Marte é chamado.
Para quem não leu a obra de Edgar
Rice Burroughs é muito fácil gostar de John Carter, principalmente se não
exigir demais, haja vista ser apenas um filme de aventura para crianças e
adolescentes. É dinâmico, boas lutas, muitos pulos, uma necessária veia cômica –
felizmente não exagerada - possui ainda bons efeitos especiais, uma trama concisa
e roteiro satisfatório, além de trazer a velha mensagem “pró-preservação” tão
em voga nestes tempos de Onda Verde.
John Carter (Taylor Kitsch), e não Virgínia (entenderão
quando assistirem o filme), é um homem corajoso e determinado quanto aos seus
propósitos. Ex-capitão da Guerra Civil Americana, foi misteriosamente transportado
para o planeta Vermelho, e para seu espanto, ele é habitado e está em
guerra. E como toda guerra esta também é
cruel e pode levar o planeta ao fim. Enquanto aqueles que parecem ser os
humanos de lá se destroem, os outros habitantes, os homenzinhos verdes de
quatro braços e guerreiros por natureza, apenas tentam observar. Aliás, foi com o
líder desses homens verdes, Tars Tarkas (Willem Dafoe), que John Carter se
depara ao chegar a Marte, quer dizer Barsoom.
O que poderia levar John Carter a
entrar em uma guerra que não é sua? E como encontrar o caminho para casa? Quem
sabe a princesa Dejah Thoris (Lynn Collins) pode ajudar a responder estas e
outras perguntas que surgem ao longo da aventura naquele misterioso planeta que não difere
tanto assim do nosso.
Vale a pena conferir!
Título original: (John Carter )
Lançamento: 2012 (Estados Unidos)
Direção: Andrew Stanton
Atores: Taylor Kitsch, Lynn Collins, Willem Dafoe, Bryan Cranston, Ciarán Hinds, James Purefoy, Mark Strong, Dominic West, Thomas Haden Church, Samantha Morton.
Duração: 137 min
Gênero: Aventura
Também gostei muito do filme.Os efeitos especias do filme estão impressionantes.
ResponderExcluirFiz a crítica de john carter no meu blog.
mateus-leite.blogspot.com
ótima crítica
Não espero algo de realmente bom desse filme, apenas uma diversão descompromissada.
ResponderExcluirhttp://cinelupinha.blogspot.com/
Depois do seu texto até dá vontade de ver John Carter, mas com tantos comentários ruins sobre ele, eu ainda fico com um pé atrás. Do seu texto, a única coisa que não concordo é o primeiro período: eu sempre prefiro os roteiros originais aos adaptados, com algumas boas exceções, como você disse. Abraços!
ResponderExcluirPutz, quase-primo: vi o título da tua postagem e vim seco comentar, pensando tratar-se do mestre John Carpenter... Quando chego aqui, vens me falar de aventurazinha da Disney?! Rapaz... Pelo menos valeu pra eu te convidar mais uma vez para os Morcegos (coisa difícil, ré, ré)! Abração!
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