O filme é bom, aliás, muito bom. É um daquelas obras que te deixam triste no final, não porque foi ruim, mas porque te faz pensar que aquela ficção está bem próxima da nossa realidade. E, talvez, esteja aí o mérito do filme. O tema central não é novidade para o brasileiro: corrupção e criminalidade. Mas, por que este alvoroço todo em torno da película? Até o presente instante quase 11 milhões de expectadores. Acredito que, além do conjunto, ou seja, bons atores, diretor e roteiristas, etc. o Tropa de Elite 2 faz algo que outros filmes nacionais do gênero não fizeram: Perseguir bandido, porém, tendo por traz todo um discurso já elaborado: não é perseguir por perseguir, é fazer a coisa certa.( podemos chamar de a Ética do Capitão Nascimento) Até político corrupto apanhou, qual brasileiro não queria fazer isto? Neste filme, não foi feito uma caricatura de herói do bandido, como em outras épocas, este papel foi encarnado por alguns policiais, e o telespectador gostou disso. Aliás, atualmente este telespectador almeja desesperadamente o surgimento de heróis. Não é à toa a ótima recepção dos cariocas frente as ações policiais na Vila Cruzeiro e no Morro do Alemão na cidade do Rio de Janeiro.
A vida imita a arte ou a arte imita a vida? É um clichê sim, mas ainda cabe aqui: políticos corruptos, policiais corruptos, policiais honestos que pagam caro por isso, a polícia expulsando traficantes das comunidades, milícias ocupando o lugar de traficantes, enfim, sede de heróis.
Parabéns ao Cinema Brasileiro.
Bom, eu ainda não vi Tropa de Elite 2, portanto não posso comentar sobre a qualidade do filme. Mas tendo por base aquilo que falou, da necessidade de heróis, eu posso usar por base o Tropa de Elite 1, que eu vi e que foi muito aclamado.
ResponderExcluirEu sinceramente não acho que existam heróis nem mocinhos nessa história, que é o retrato da vida real, como disse. O Bope é uma polícia feita para matar, e em nenhum lugar do mundo isso seria tolerável. A não ser que o Estado reconheça que estamos em guerra civil contra um Estado paralelo, o que não é verdade. A incursão no morro do Alemão provou que o crime não é nem um pouco organizado e o poder paralelo não é tão forte assim. Quando se tem vontade política, tudo se resolve fácil. O que o Estado quer é criar um clima de guerra para ter licença para matar pobres e favelados, e eu fico preocupado quando pessoas de bem defendem esse tipo de política.
Enfim, desculpe ter falado muito, gostei do seu blog e o estou seguindo.
Um grande abraço.
Ramanavimana
ResponderExcluirVc destacou pontos interessantes: "Não existe heróis nesse tipo de história", pelo menos não o que estão querendo produzir. Herói é o trabalhador honesto que paga seus impostos, por mais clichê que isso possa parecer.
"o bope não é feito para matar", porém deve reagir com força, pois é na ausência da justiça, da lei e da ordem que a barbárie se instaura. "o crime não é organizado" mas o Estado que é desorganizado, sim, concordo. Porém descordo que o !Estado queira uma licença para matar pobres e favelados!
gostei muito do seu comentário, apareça sempre!
Adorei como abordou no texto o filme concordo com tudo eu demorei para assisti filme so fui no shopping Cidade Jardim em São Paulo quando aconteceu aquela promoção do cinemark para dia nacional do cinema paguei R$ 2,00 e assisti nesta semana do carnaval os dois tropas cada sessão custava R$ 1,00 no cine da galeria Olido
ResponderExcluirVi e gostei muito! Mostrou parte do esquema das milicias que eu não conhecia !
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