"Tem milhares de ruas nesta
cidade, não precisa saber a rota. Diga a hora e o lugar que te dou cinco
minutos de janela. Haja o que houver nestes cinco minutos eu estou a
disposição, seja para o que for. Mas se acontecer alguma coisa após este tempo
está sozinho, entendeu? Ótimo, não vai mais falar comigo neste celular."
Na trilha de filmes fracos perdi
o caminho do blog, foram tantos filmes comerciais assistidos nestes últimos
dias que a inspiração para comentar algo desapareceu tão rápido quanto as
lembranças que estes filmes nos deixam. Mas enquanto as salas de cinema não nos
presenteiam com filmes razoáveis vou elaborando uma receita para desintoxicação,
ou seja, uma lista de bons filmes para comprar e assistir quando surgir o
importante e saudoso tempo para o ócio.
Felizmente Drive foi a exceção a estes filmes insossos como os últimos
Madagascar, Era do Gelo e O Espetacular homem Aranha que me embriagaram
recentemente. O filme dirigido por Nicolas Winding Refn, a primeira
vista, pode nos levar a pensar que é um daqueles thrillers em
que a ideia central é a velocidade, fugas desenfreadas ou algo assim, porém, e
felizmente, pode ser algo a mais. Aliás, o motorista (Ryan Gosling ) desfaz esta impressão logo no
início do longa.
Duble de cenas perigosas e mecânico,
mas nas horas vagas é piloto de fuga em pequenos assaltos, estas são as
atividades do introspectivo personagem de Ryan Gosling. Porém, não apenas sua
rotina, mas também seu estilo de vida entra em xeque no instante em que conhece
sua vizinha Irene(Carey Mulligan) e seu pequeno filho (Kaden Leos). Aquela família
parecia dar outro significado a sua vida, pelo menos este era seu pensamento
até a chegada de Standard Gabriel (Oscar Isaac), o marido de Irene que acabara
de sair da cadeia carregado de segredos.
O que tem de mais interessante no filme, além
da belíssima trilha sonora, fotografia e interpretação é o roteiro: quando o
caminho mais fácil e esperado por nós, espectador, parece ganhar forma somos então
surpreendidos. Para conhecer o espírito da obra siga o ritmo e a mensagem da
música “A Real
Hero” que embala as viagens do motorista. Um herói de Verdade, um desses
heróis anônimos que cruzam nossos caminhos diariamente sem que nem saibamos a dimensão
do seu último ato heroico, pois ele não está e nunca estará na mídia.
Não é preciso muito
para que um filme consiga nos emocionar verdadeiramente, não aquela emoção gerada pela simples sensação de
espanto e admiração geralmente causada pelo aparato tecnológico ou algo assim. Característica típico
dos filmes puramente comerciais (que também são importantes, claro), mas aquela
emoção que nos faz enxergar o que está na frente dos nossos olhos, e que ás
vezes é tão belo, cotidiano e simples.
Entre no clima ouvindo uma das músicas que compõem a trilha do filme (A Real Hero).
Entre no clima ouvindo uma das músicas que compõem a trilha do filme (A Real Hero).
Título
original: (Drive)
Lançamento: 2011 (Estados Unidos)
Direção: Nicolas Winding Refn
Atores: Albert Brooks, Bryan Cranston,Carey Mulligan, Cesar Garcia, Chris Smith, Christian Cage, Christina Hendricks, James Biberi, Jeff Wolfe, Joe Pingue, Oscar Isaac.
Lançamento: 2011 (Estados Unidos)
Direção: Nicolas Winding Refn
Atores: Albert Brooks, Bryan Cranston,Carey Mulligan, Cesar Garcia, Chris Smith, Christian Cage, Christina Hendricks, James Biberi, Jeff Wolfe, Joe Pingue, Oscar Isaac.
Duração: 95
min
Gênero: romance
Ainda não assisti, mas está na lista.
ResponderExcluirAbraço
Estou doido para ver esse filme!
ResponderExcluirhttp://monteolimpoblog.blogspot.com.br/
A trilha sonora não é coadjuvante neste filme, mas pode reconstituir a trama pelas melodias que entoam momentos decisivos na vida da personagem. Filme muito bom, significativo e com uma interpretação vigorosa de Ryan.Indicado!
ResponderExcluirUm filme muito elogiado pela crítica. Vale a pena.
ResponderExcluirDenso e introspectivo, é cinema de verdade. Sem efeitos visuais, sem pancadarias e tiroteios, é filme para poucos, filme para quem gosta realmente de cinema como 7º arte.
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