“As almas de todos os homens são
imortais, mas as almas dos justos são imortais e divinas” (Prólogo)
A mitologia grega é
extraordinária, e um filme que tente retratá-la deve pelo menos acompanhá-la nesta
qualidade. E nisso o filme Imortais se
esforçou verdadeiramente: efeitos especiais abundantes, cenários e figurinos
bem trabalhados, lutas bem coreografadas, exércitos que exigiram um bom numero
de figurantes e efeitos visuais, discursos emocionantes, etc. Enfim, Tarsem
Singh, o diretor, fez tudo para mostrar de forma grandiosa uma passagem da
mitologia grega, o que não apaga algumas confusões mitológicas, mas, quem sabe seu
intuito tenha sido, na verdade, trazer um enredo mais palpável ás telonas.
Quando o rei Hiperion (Mickey
Rourke) decide roubar o arco de Épiro - única arma capaz de libertar os Titãs do
Monte Tártaro - na verdade planejava vingar-se dos deuses, pois estes não lhe deram
ouvidos em momentos de aflição. Os Titãs teriam sido derrotados por deuses na
grande batalha de Titanomaquia pela sucessão do trono celestial, e libertá-los
seria reeditar esta terrível batalha entre deuses e Titãs. Hiperion, em sua
busca desenfreada pelo arco, não tinha piedade de quem fosse encontrado pelo
caminho, promovendo crueldades que afligiam até mesmo os deuses no Olímpio,
porém, seguindo ordens de Zeus (Luke Evans), nenhum deus deveria interferir nas
ações humanas, pois o arbítrio é livre. Exceção feita caso os Titãs fossem
libertados por Hiperion.
Theseus (Henry Cavill), filho
bastardo de uma camponesa, dotado de grande coragem, era o único homem capaz de
tentar deter a corrida de Hiperion, na verdade o próprio Zeus, na sua forma
humana, sempre esteve ao lado de Theseus oferecendo lhe ensinamentos valiosos.
A fé, ou a falta dela, está
sempre presente entre os personagens da trama: sua falta seria o motor que
impulsiona a raiva de Hiperion contra os deuses. Porém é sua presença que faz Zeus
acreditar em Theseus, ou mesmo Etra (Anne Day-Jones), mãe de Theseus, e Fedra (Freida
Pinto) sacerdotisa do oráculo, clamarem pelos deuses. Talvez apenas a coragem
de Theseus pudesse ser maior que a força desta fé.
Aliás, força mesmo foi o que
demonstraram as religiões teológicas – judaísmo, cristianismo, islamismo, etc. –
que transformaram as religiões antigas em mitologia, fábulas. Imaginar que pessoas
já depositaram tanta fé nestas tramas, assim como atualmente outras também o fazem
com as narrativas envolvendo Jesus Cristo, Maomé etc. Definitivamente, ninguém
poderá acusar a humanidade de falta de criatividade.
Título
original: (Immortals)
Lançamento: 2011 (Estados Unidos)
Direção: Tarsem Singh
Atores: Henry Cavill,
Freida Pinto, Mickey Rourke, Luke Evans.
Duração: 110 min
Gênero: Aventura
eu, como um grande fã de mitologia grega, adorei o filme. Tornaria-se perfeito, se os deuses não fossem tão gays e se tivesse uma luta entre deuses e titãs em sua forma gigante, com zeus lançando seus raios e apolo suas flechas e os titãs revidando com enormes blocos de pedra, por exemplo, só faltou isso! mas mesmo assim a luta deles em forma humana foi excepcional! sem falar que lembra até o meu jogo favorito: God of War!
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