"Eu a procurei por causa da corrente, mas também tenho uma pergunta. Quando abria a porta, seu marido ainda estava vivo. Ele disse algo que não consigo entender. Ele disse: “tente tossir agora”. O que significa?" (jovem que presenciou o acidente)
Há muito tempo penso em comentar a Trilogia das Cores do valioso diretor Krzysztof Kieslowski, que dirigiu também A Dupla Vida de Véronique. E o momento não poderia ser melhor: o 100° comentário é um instante especial e ideal para homenagear esta espetacular trilogia. Assistir A Liberdade é Azul, A Igualdade é Branca e A Fraternidade é Vermelha é programa obrigatório para os amantes do cinema.
Kieslowski foi convidado para produzir um filme que homenageasse o bicentenário da Revolução Francesa, acontecimento histórico cujo lema era: “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”. O filme também deveria comemorar o êxito do projeto União Europeia. Em um insigth genial, o diretor planejou três filmes que pudessem satisfazer este projeto. Ao mesmo tempo em que fazem relação com o lema da Revolução Burguesa e as três cores do país que a acolheu, os longas também transportam as ideias e valores da revolução para o mundo denso, dramático de pessoas comuns. Ou seja, o que Julie (Juliette Binoche), de A liberdade é Azul, fará com a maldita liberdade que lhe restara após aquele trágico acidente? Até mesmo, quais são os limites da liberdade? Quanto podemos suportá-la? Já em A Igualdade é Branca, alguns elementos básicos da Revolução são postos em cheque: o simples julgamento de um pedido de divórcio serve de pano de fundo para uma crítica. Por sua vez, no A Fraternidade é Vermelha o que se discute são os limites das relações de amizades: será que lhes são permitidas ultrapassar a ética? Mas, como este post é para A Liberdade é Azul, deixaremos a Igualdade e a Fraternidade para outra oportunidade.
Em um acidente de carro, Julie vê seu marido e filha morrerem. A partir deste instante sua vida perde sentido: trabalho, amigos, familiares, nada mais teria valor e utilidade. Muda de casa, tenta dispensar os objetos, as lembranças que possam levá-la ao passado, mesmo que nem sempre consiga jogá-los fora. Cada pessoa que cruza seu caminho lhe imprime um significado para a vida, para o ser humano, para a liberdade. É um filme para se deixar levar, interpretar e questionar cada cena, por exemplo: a velhinha que atravessa a rua vagarosamente e após muito esforço joga a garrafa de vidro no cesto coletor. Os ratinhos encontrados no novo apartamento. O flautista na calçada e suas belas canções. A mãe que já não tem mais memórias: estaria aquela anciã em um estado de benção ou maldição, se perguntava Julie. A jovem que recebe homens no apartamento, contrariando os demais moradores. A lembrança de uma simples piada que o marido contava antes do acidente. Em fim, um filme comovente, metafórico, uma obra de arte que merecidamente homenageia um dos mais importantes acontecimentos da História da Humanidade.
Alguns podem achá-lo “parado” lento, porém, talvez este telespectador esteja condicionado aos frenéticos filmes norte-americano. E sim um filme de passos lentos, quem sabe porque precisamos condensar cada cena, cada diálogo, cada fotografia, que só perde em qualidade para a belíssima trilha sonora.
Certamente este é o primeiro dos três próximos filmes que irá assistir.
Título original: (Trois couleurs: Bleu)
Lançamento: 1993 (França)
Direção: Krzysztof Kieslowski
Atores: Juliette Binoche, Benoît Régent, Florence Pernel, Charlotte Véry, Hélène Vincent
Duração: 100 min.
Gênero: Drama
Vi uma crítica desse filme numa revista. Mas faz tempo! E Juliette Binoche é uma grande atriz. Admiro muito o trabalho dela. Quero conferir esse tbm!
ResponderExcluirSim! Parceria feita então! Já publiquei o link do teu blog!
Obrigada! =)
Bjs ;)
Rapaz não assisti nem um desses filmes.Vou procurar neste carnaval..abraço.
ResponderExcluirwww.pospretudo.blogspot.com
oI mARCOS!
ResponderExcluirValeu pelo apoio, viu? Eu pretendo manter as atualziações do blog o melhor possível. Talvez eu tenha de deixar um pouco as análsies de obras para posts mais ocasionais pois preciso tempo parav er as obras, psquisar alguma coisinha e depois redigir o texto...eu escrevo na mão e depois digito.
Pra balancear isso e não deixar o blog desatualziado penso em ir postando outras ocsinhias legais no blog (que já venho fazendo com cosplay por exemplo) e talvez repostando artigos antigos.
Ei não abandone seu blog não e passe sempre pra comentar nos outros blogs viu? Somos blogueiros, trabalhadores e pessoas de vida social, não podemos ser derrotados kkk.
http://www.empadinhafrita.blogspot.com
Nossa, quando eu penso que conheço muitos filmes percebo que nao conheço é quase nada. Vou tentar achar este filme, parece ser ótimo.
ResponderExcluirAh, valeu pela dica, vou tentar melhorar ao máximo.
Vou seguir teu blog tambem.
http://muitoalternativo.blogspot.com/
Caraca... nunca ouvi falar!
ResponderExcluirMas acredita que me interessei? Achei o nome bem bacana e pela sua dica, o filme deve ser mto bom!
Ótima opção pro feriado de carnaval!
Beijão!!*-*
http://evesimplesassim.blogspot.com/
- oi tudo bem ?
ResponderExcluirmuito obg pela sua visita no meu blog espero que volte sempre .
- seu blog esta de parabeens .
eu nunca ouvi falar desse filme ;/
ResponderExcluire eu só amei o 127 horas, gostei mesmo, assista ;D
um óóótiimo carnaval (:
http://sweetboldness.blogspot.com/
Parabéns pelo centésimo comentário e que boa escolha teve para lembrar a marca. A Trilogia das Cores é um marco cinematográfico. Lembro que quando saiu em VHS eram um dos títulos mais procurados, mesmo não sendo um produto comercial. Continue com as excelentes dicas.
ResponderExcluirAh, queria te propor parceria. Adicionei um link de parceiros no meu blog e vejo que você também tem. Como sempre estamos visitando e comentando o blog um do outro, que tal?
http://acervodocinema.blogspot.com
http://memoriadasetimaarte.blogspot.com
Parabéns pelo seu blog, viu? já estou seguindo!!!
ResponderExcluirVenha me visitar tb!
Abraços!
http://www.martas-bgfs.com