Afonso Poyart, o diretor e roteirista, juntou
os ingredientes certos na medida exata: roteiro, edição, montagem, trilha
sonora e uma forte influencia do que mais tem de pop em Hollywood.
Visualmente é bem interessante, atrai a nossa curiosidade e não decepciona. Certamente representará uma marca na história do cinema nacional, não por ter uma inconfundível
qualidade dramática, mas sim por inaugurar nestas bandas um estilo que já não
é mais novo entre os gringos.
Edgar(Fernando Alves Pinto), assim como a
maioria dos brasileiros, é mais um cidadão que está entre os criminosos e os
corruptos que vivem do Estado, enfim, outros criminosos. Após passar uma
temporada forçada em Miami, Edgar volta para o Brasil disposto a por em
funcionamento um audacioso plano: de uma única vez eliminar dois modelos de criminosos:
assaltantes e políticos.
Walter (Caco Ciocler) também
entra na trama, após perder a família em um trágico acidente de carro, acaba
trabalhando no restaurante do pai de Edgar, mesmo que isto não seja bom para
eles, na verdade Walter também tem seus planos. Júlia (Alessandra Negrini), a promotora,
Henrique (Neco Villa Lobos), o advogado e um deputado corrupto (Roberto Marchese) são os
bandidos protegidos pelo Estado,
enquanto Velinha (Thaíde ), Maicon (Marat Descartes) e sua gangue são, pelo menos oficialmente,
perseguidos pelo Estado.
O interessante é que, de uma
forma ou de outra, todos estes personagens estão interligados, e a cada cena
algo novo é revelado, enquanto Edgar opera seu mirabolante plano. Estas pequenas surpresas são pontos positivo do roteiro, além, é claro, das boas interpretações
do elenco. E não poderia parecer mais com as produções de Hollywood, visto que até uma ideia ética percorre
o longa. O que não diminui a obra, pelo contrário, ás vezes é bom ver um cara
metido a justiceiro no cinema, quem não se lembra do Capitão Nascimento?
Antes da despedida, e como confesso
que sou um tanto devagar com trocadilhos, pergunto a alguém aí porque mesmo
trocaram o termo “cajadada” para “caixa d’água”?
Título original: (2 Coelhos)
Lançamento: 2012 (Brasil)
Direção: Afonso Poyart
Atores: Fernando Alves Pinto,
Alessandra Negrini, Caco Ciocler, Aldine Muller.
Duração: 108 min
Gênero: Ação
hehe, o filme é ótimo mesmo. Também gostei muito do que vi, quanto a “cajadada” para “caixa d’água” é porque as pessoas tendem a falar errado assim, que nem "esculpido em carraca" para "cuspido e escarrado", ou "corro de burro quando foge" para "cor de burro quando foge". Apenas uma brincadeirinha com isso.
ResponderExcluirAdorei esse filme!
ResponderExcluirQuando assisti o trailer, logo pensei que seria uma produção que poderia dar muito certo ou muito errado. Deu certo! ;)
Abraço,
Thomás
http://brazilianmovieguy.blogspot.com/
Salve, meu quase-parente (sempre digo que temos que levantar a nossa árvore genealógica e descobrir mais sobre "Os Rosas"): até que, para um filme que eu não estava ando muita atenção, você me despertou a curiosidade de ao menos uma olhadela neste nosso produto nacional.
ResponderExcluirGostei do seu blogue. Também escrevo sobre Cinema, mas nem sempre: muitas das vezes a 7ª Arte encontra-se intercalada em meio a outras artes e culturas em meu blogue: dá uma conferida depois.
Abração.
P.S.: quanto ao trocadilho, você, que viu o filme, não há nada nele que justifique esse título um tanto quanto infame?!
Tem sim, tem uma justificativa pro nome do filme ser esse apesar de ser um título meio esquisito memso.
ExcluirÉ verdade Julia, o título do filme é compreensivo, faz sentido. O que não consegui relacionar com o filme foi a brincadeira com os termos "cajadada" e "caixad´água" achei sem sentido.
Excluir