- Por que perderia meu tempo ouvindo você? (Lionel)
-Porque tenho uma voz! (George)
-Sim, você tem. (Lionel)
Confesso que fiquei bastante curioso para saber como se desenvolveria a trama deste filme, pois seu problema central é bastante simples para duas horas de filme: a gagueira de um membro da realeza. Ou seja, qual seria a tática usada para que o filme não se tornasse monótono? E de forma espantosa quando chegaram os créditos finais, me perguntei: já acabou? Não sei se foi a boa interpretação de Colin Firth, ou os dramas em torno do problema do personagem que foram bem abordados, mas o fato é que o filme possui inúmeras qualidades que não te deixam perceber o tempo passar.
Em iminência de uma guerra contra a Alemanha do grande orador Adolf Hitler, a Inglaterra enfrentava problemas de sucessão real: a morte do Rei George V (Michael Gambon), e a irrecusável atitude do seu sucessor direto, David (Guy Pearce), em não abdicar do seu amor a uma plebeia, mesmo sabendo que este amor lhe custaria a coroa. Assim, após abdicar do trono, David deixou um grande e curioso problema para seu irmão Albert George (Colin Firth): era preciso curar a sua traumatizante gagueira, pois um rei fala por seu povo e nenhum britânico gostaria de ser representado por um rei gago. É neste instante que os serviços de Lionel Logue (Geoffrey Rush) são solicitados, um terapeuta que além de apresentar ao rei métodos estranhos também lhe trouxe uma voz amiga. Ironicamente, mas não estranhamente, aquele terapeuta, um homem comum, fora a única pessoa com quem George havia falado abertamente até então.
Para amenizar as atenções sempre voltadas aos dois personagens principais, o roteiro faz um passeio por elementos secundários do filme: As excentricidades da realeza britânica, em contraponto com a simplicidade da família de Lionel, um ator shakespeariano que tem como plateia apenas seus dois filhos. Percebemos ainda a tensão nos rostos dos ingleses em virtude da guerra que estaria por vim, momento maximizado no instante do discurso do então Rei George VI. Merece ainda atenção a retratação do personagem Winston Churchill: parecia um pitbull pronto pra atacar os nazistas, como também a imagem da plebeia que roubou o coração do primeiro sucessor ao trono, a Sr. Wallis Simpson, foi feita de forma tão negativa que parecia ter sido uma especial recomendação da Realeza ao Diretor.
Enfim, é um filme que não deve nada aqueles com quem concorreu ao Oscar deste ano, talvez a exceção esteja na ação e dinamismo presente com maior generosidade em A Origem, o que justifica por este ser um filme de ficção científica. Ainda assim, as magníficas interpretações do elenco de O Discurso do Rei, tanto de Colin Firth, quanto dos seus coadjuvantes: Geoffrey Rush e Helena Bonham Carter, interpretando Elizabeth, esposa de Ceorge VI, contribuíram para que este longa alcançasse o topo este ano( Melhor Filme, Ator, Diretor e Roteiro Original), claro, segundo a Academia.
Título original: (The King's Speech)
Lançamento: 2010 (Inglaterra)
Direção: Tom Hooper
Atores: Colin Firth, Helena Bonham Carter, Geoffrey Rush, Michael Gambon.
Duração: 118 min.
Gênero: Drama
Sou apaixonado por cinema e por este motivo tenho um blog sobre o assunto.
ResponderExcluirParabéns pelo trabalho que desenvolve.
Abraço
Lucyano
http://cinemaparceirodaeducacao.blogspot.com/
Muito boa a sua postagem
ResponderExcluirQuero muito assistir este filme, parece ser realmente muito bom!
ResponderExcluirExcelente blog, muito bem elaborado!
drprovasi.blogspot.com
Adoro cinema e já estou seguindo seu blog que, aliás, achei bem interessante!
ResponderExcluirMe deixou curiosa para assistir esse filme :) pena que me parece que não entrou em cartaz no brasil. Porque Cisne negro só ta passando agora.
ResponderExcluirRealmenet Um sonho possível nos faz pensar sobre algumas coisas :) obrigda pela atenção.
http://motivosingenuos.blogspot.com/
Oi Marcos.
ResponderExcluirSim é esse lance de liberdade e uma sociedade inglesa retógada que está a graça do filme. Claro que ue prefiro muito mais a forma como os personagens são tratados: cada um o estereótipo do tipo de programa que faz. Opa seriados live action. super sentai/ Também fizeram parte da minha infancia,. eu adorava o Jaspion! o/
Queria que Cisne Negro tivesse ganho o Oscar. mesmo este sendo um filme bom acho que Cisne Negro merecia mais
http;//www.empadinhafrita.blogspot.com
Ooie
ResponderExcluirTem selo pra você lá (:
*:
http://sweetboldness.blogspot.com/2011/03/mais-um-selo.html
Esse é um daqueles filmes que chama minha atenção.
ResponderExcluirAté pq tenho a mesma curiosidade que vc teve: "Qual seria a tática usada para que o filme não se tornasse monótono?"
Vou assistir com certeza!! ;)