- Vai investigar ladrões, miseráveis, covardes, o grupo das pessoas mais detestáveis que jamais conhecerá: minha família. (Henrik Vanger)
O elenco com estrelas como Daniel Craig,
Christopher Plummer, Stellan Skarsgard, além de David Fincher por trás das
câmeras, na verdade serviu de palco para aquela que deveria ser apenas a coadjuvante
da trama, mas que definitivamente roubou a cena. Esta é Rooney Mara, na pele da
misteriosa investigadora e hacker Lisbeth Salander.
Lisbeth é o que chamaríamos de uma pessoa antissocial, sem muitos amigos e de poucas palavras. Passou parte da infância
em instituições do governo ou a mercê de tutores, alguns inescrupulosos.
Especialista em informática, investigação e dona de uma bela tatuagem que
combina perfeitamente com seu visual punk enigmático e inquietante.
Contracena com Rooney o reconhecido Daniel Craig
na pele de Mikael Bomkvist, um jornalista investigativo que andou escrevendo
mais do que devia, ou melhor, não conseguiu provar o que escreveu, sofrendo
assim um processo judicial levado a cabo pelo empresário Hans-Erik Wennerström
(Ulf Friberg). Enquanto atravessa este período difícil na carreira Bomkvist é
convidado para fazer um trabalho especial. O convite vem de Henrik Vanger
(Christopher Plummer), um velho milionário que convive com uma angustia a mais
de 30 anos: quando sua sobrinha Harriet Vanger (Moa Garpendal) com dezesseis
anos na época, desapareceu sem deixar pistas. Neste dia toda família estava
reunida na ilha que lhes pertenciam, e momentos depois de Harriet tentar contar
algo a Henrik fatos estranhos aconteceram e nunca mais sua sobrinha foi vista.
Anos de pesquisa não levaram aquele velho solitário a parte alguma, sua última
oportunidade seria então recorrer ao repórter Mikael.
Vários aspectos na trama apreendem o espectador:
aquela família milionária e carregada de inimizades, o lento e profundo
envolvimento de Mikael com a história do Sr. Henrik, as ações de Lisbeth, que
não demoram a nos conquistar, além, é claro nossa curiosidade sobre o que
realmente teria acontecido com Harriet. Isto sem mencionar a trilha sonora, fotografia
e interpretação que foram sensacionais.
Por ser um roteiro adaptado (livro de Stieg
Larsson “The girl with the dragon tattoo”) os primeiros minutos podem parecer
ao espectador uma grande confusão, mas logo a trama se encaixa e percebemos que
este filme é merecedor dos elogios que o cercam, inclusive as cinco indicações
ao Oscar, entre elas a de Melhor Atriz. Por outro lado a simples tradução do
título original soaria melhor do que esta aberração (Os Homens que não Amavam
as Mulheres), que não passou de uma péssima tentativa de explicar o filme.
Lançamento: 2012 (Alemanha, Suécia, Reino Unido,
Estados Unidos)
Direção:
David Fincher
Atores:
Daniel Craig, Rooney Mara, Stellan Skarsgard, Robin Wright.
Duração: 158 min
Gênero: Suspense
Realmente um ótimo filme, mas Lisbeth Salander é mesmo a protagonista da Trilogia Millennium, se não ficou claro nesse filme, ficará com os outros dois livros.
ResponderExcluirOutra coisa que tem confundido muita gente: o título brasileiro, na verdade, é igual ao original sueco: Män som hatar kvinnor, a editora americana que lançou o livro como The Girl with the Dragon Tattoo.
abraços