- Ron, eu não posso vencer, nem
que eu vença, eu não posso vencer. ( Al Gore)
Sabemos que as eleições
presidenciais norte americanas são realizadas de uma forma bastante diferente do
sufrágio brasileiro. Lá não há uma eleição direta, ou seja, o presidente não é
escolhido diretamente pelo voto da população, mas sim pelo voto dos delegados,
estes sim escolhidos pelo cidadão. Cada Estado possui um determinado número de
delegados, e o partido que obtiver maior número de votos no Estado terá direito
a indicar seus delegados que,
teoricamente, garantirão o voto para o candidato do seu partido. Enfim, quanto mais Estados o partido
conseguir vencer mais delegados levará para a grande eleição final, assim estes
Estados possuem um peso fundamental na escolha do presidente.
Não podemos esquecer ainda a liberdade
que cada Estado possui para elaborar sua própria legislação eleitoral e sistema
de votação: eletrônico, cédula, etc. Geralmente tudo ocorre bem na dita maior
democracia do mundo, porém no ano 2000 ocorreu a maior crise eleitoral daquele
país. G. W. Bush, Republicano e Governador do Texas disputava a Casa Branca com
Al Gore, vice-presidente de Bill Clinton, do partido Democrata.
O impasse ocorreu no Estado da
Flórida. Inicialmente Bush foi dado como vencedor, porém as cédulas de papel, mal
confeccionadas, levaram alguns idosos a supostamente votarem no candidato errado, e como a
diferença final de Bush para Al Gore foi muito pequena - 0,03% - instalou-se a crise. Aquela altura quem saísse vitorioso na Flórida seria o presidente dos Estados Unidos.
Duas verdadeiras máquinas de
guerras foram montadas, de um lado os defensores do Partido Democrata,
liderados por Ron Klain (Kevin Spacey). Eles exigiam a recontagem dos votos, inclusive
aqueles das cédulas em que os idosos se confundiram. Porém, precisavam de mais
tempo, pois a eleição tinha um prazo para ser finalizada. É assim que os tribunais
entram em cena, e percebemos que as interpretações das leis muitas vezes foram
e são influenciadas pelo partidarismo dos juízes.
Enquanto isso, do lado Republicano,
James Baker (Tom Wilkinson) e seu comitê, lutavam também, seja nos tribunais, na imprensa,
nas ruas, junto aos lobistas, da forma que conseguissem para evitar a recontagem
dos votos, visto que Bush estava levando a Casa Branca.
Fatos reais muito bem recontados
por Jay Roach, o diretor do filme. Cada elemento novo nos deixava boquiabertos
quanto as incertezas que pairaram naqueles dias, visto as brechas, as falhas e
as margens que se sucediam naquele sistema de votação tão frágil. Uma eleição
daquela importância estava fixada em um sistema tão inseguro quanto areia
movediça.
Em ano de eleições presidenciais na
terra da oportunidade este filme é imperdível.
Título original: (Recount)
Lançamento: 2008 (EUA)
Direção: Jay Roach
Atores: Kevin Spacey, Tom Wilkinson, Bob
Balaban, Ed Begley Jr.
Duração: 116 min
Sei que esse filme tem sua importância, mas sinceramente não consegui assiti-lo. É um dos que tenho que rever para provavelmente tirar más impressões.
ResponderExcluirOi Marcos, quanto tempo!
ResponderExcluirTudo bom?
Filme para ser visto e pensando esse...é para assistir quando se está inspirado, para saborear devidamente.
Acho que vc só aparece no meu blog quando eu falo de filmes né? rs.
Sobre o 3D tem razão..como se não bastasse á os óculos...como vc conseguiu usar aquilo se já usa oculos normais? Sem falar do perigo de pegar alguma doença nos olhos afinal todo mundo coloca aquilo u.u. E tem gente que não é capaz de ver o 3D por causa de uma coisa genética no olho..Johnny Deep por exemplo não consegue ver os efeitos do 3D.
No cinema de minha cidade só tem TinTin em 3D..resultado? Não vi o filme u.u.
bjs
Gostei muito, meu caro, e confesso que desconhecia este filme de premissa tão intrigante (pelo manos a conduziste assim)! Mais surpreso ainda ao ver o costumeiro diretor de comédias Jay Roach num filme politicamente sério, nada escrachado (ou será que o personagem do sempre Tom Wilkinson, em dado momento do filme, vai levantar a perninha, botar o dedo no cantinho da boca e vai gritar "Yeah, Baby, Yeah", tal qual um insano Austin Powers da vida?!)!
ResponderExcluirMeu abraço, "primo", e apareça!
*do sempre BOM Tom Wilkinson
ResponderExcluirE ai meu camarada!!!
ResponderExcluirCinéfilos de volta das férias.. A moleza acabou!!! De volta num dos meses mais importantes do cinema mundial. A academia que nos aguarde hein...
E comentando sobre seu post, muito bem lembrado o filme, veio mto bem a calhar esse post.
Um abraço! Apareça!
http://cinefilosdeplantaobr.blogspot.com