sábado, 29 de outubro de 2011

Premonição 5


“Vocês não deveriam estar aqui. Deveriam ter morrido naquela ponte.” (O Legista)


Anote aí: o jovem Sam (Nicholas D'Agosto) estranhamente consegue prever um terrível acidente na ponte em que ele e seus colegas de trabalho estavam. Esperto, Sam consegue convencer aos outros (não foi fácil) a fugirem. Em fim, muitos assim fizeram e escaparam daquele terrível acidente previsto minutos antes. Porém, a morte é esperta demais para ser enganada, e então vai buscar todos aqueles que conseguiram sobreviver. É isto aí, Premonição 5 não é muito diferente dos outros quatro filmes anteriores.

Geralmente o que diferencia um filme do outro é a forma como os personagens morrem, aliás, haja criatividade. Se você tem Síndrome do Pânico aconselho a não chegar perto deste filme. É uma morte mais horripilante que a outra, um prato cheio para os sádicos. Pelo menos as cenas são muito bem feitas, mesmo que sejam exageradas. A famigerada tecnologia 3D, que às vezes atrapalha mais do que ajuda, neste caso veio a calhar e deu uma força a mais no filme, assim como a presença do enigmático Tony Todd, o legista que serve apenas para dramatizar ainda mais a trama. 

Estava resistente em assistir este filme, fui convencido, mas já se passaram semanas e ainda não consigo ver uma cirurgia a laser da mesma forma que antes. Pelo menos sei que dificilmente serei convencido novamente a assistir as sequências 6, 7, 8... (porque este parecer ser mais um daqueles filmes que nunca cansam de continuar filmando), não é que o filme seja ruim, inclusive muitos adoraram, é que a ideia da existência de uma Morte perseverante, no mínimo, não é agradável.


Título original: (Final Destination 5)
Lançamento: 2011 (EUA)
Direção: Steven Quale
Atores: Nicholas D'Agosto, Emma Bell, David Koechner, Tony Todd.
Duração: 95 min
Gênero: Terror

O Retorno de Johnny English



“Agente ferido, agente ferido, agente ferido. Eu estou aqui, eu estou aqui, eu estou aqui. Iniciando localizador visual...” (Equipamento localizador de agente ferido)


Rowan Atkinson, mais conhecido como Mr. Bean, é um dos atores mais previsíveis que conhecemos, seja interpretando seu personagem mais famoso ou qualquer outro. Porém, ainda assim, consegue ser bastante simpático. Já conhecemos seus trejeitos, manias e estilo, porém não conseguimos controlar o riso. É assim, cheio do estilo Mr. Bean, que o nosso “quase mudo”  Atkinson nos traz a continuação de um dos agentes mais atrapalhados do Reino Unido. 

English retorna do Oriente após um longo período de recuperação da sua última, fracassada e traumática aventura, a “Missão Moçambique”. Desta vez o MI7, Agência de Inteligência Britânica, resolveu lhe dar outra chance: sua mais nova missão será impedir o assassinato do Primeiro Ministro chinês, porém não será uma tarefa fácil, principalmente porque, por um lado, seus métodos profissionais não são lá tão profissionais assim, e por outro lado, este agente terá que enfrentar alguns adversários perigosos, como a persistente assassina do aspirador de pó: uma velhinha chinesa (Pik Sem Lim), loira, que está sempre disfarçada de empregada domestica. Mas ele terá o apoio das parafernálias tecnológicas desenvolvidas no super laboratório do MI7, mesmo que English nem sempre dê o uso correto para estes equipamentos.  Terá também o apoio do Agente Tucker (Daniel Kaluuya) e da psicóloga comportamental (Rosamund Pike).

Não são poucas as paródias de James Bond: a Pantera Cor de Rosa, O Agente 86, Austin Power, etc. Pelo menos em O Retorno de Johnny English já temos uma boa ideia do que encontraremos, iremos assisti-lo sem muita expectativa. Quem sabe o consideramos até como mais uma aventura de Mr. Bean, agora falante. Ou seja, não espere morrer de rir, também certamente não sairá chateado do cinema, basta não exigir demais do britânico, pois em algumas cenas ele consegue nos fazer rir.



Título original: (Johnny English Reborn)
Lançamento: 2011 (França, Israel, Japão, Reino Unido)
Direção: Oliver Parker
Atores: Rowan Atkinson, Gillian Anderson, Dominic West, Rosamund Pike.
Duração: 101 min
Gênero: Comédia

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Atividade Paranormal 3


- Se lembra das regras? (Katie)
- Sim, dizer “Bloody Mary” três vezes. (Kristi)
- Ok, vou apagar a luz. Está pronta? (Katie)
- Bloody Mary, Bloody Mary, Bloody Mary (Katie, Kristi)


Quem assistiu ao primeiro e ao segundo filme já imagina o que lhe espera neste terceiro: o velho estilo câmera na mão (e no ventilador também); a intenção de contar a uma estória que remonte a origem, aos segredos que envolvem aquela sinistra casa; além das coisas estranhas, fantasmas e truques clássicos de filmes de terror. É isso aí, nada muito diferente dos anteriores.

Lembro daquela época em que divulgaram o trailer do primeiro Atividade Paranormal , o clima de suspense estava no ar: mostravam bastante a reação da platéia que assistia ao filme. E as fisionomias davam conta de algo que parecia ser o mais tenebroso filme de todos os tempos. Por fim, aquele longa até que não decepcionou, porém, hoje já é uma fórmula gasta, e assim como muitos filmes por aí que insistem em gravar continuações, este também parece que já fez sua parte na história do cinema.

A tentativa de trazer à tona a origem de todo esta assombração passa pela família Julie (Lauren Bittner) e suas filhas Katie (Chloe Csengery) e Kristi (Jessica Tyler Brown), além do padrasto das meninas: Dennis (Christopher Nicholas Smith), que trabalha com filmagem de casamentos, por esta razão anda sempre com uma câmera na mão. Após um breve terremoto Dennis percebe que se formou uma estranha imagem no filme da câmera que estava gravando no quarto do casal, desconfiado que algo estranho estivesse acontecendo naquela casa resolve então pôr câmeras em todos os cômodos com objetivo de “capturar” algum ser estranho. Enquanto isso, Kristi passa a conversar com aquele que a mãe pensa ser um amigo imaginário, Toby. Daí em diante é tudo o que estamos acostumados a ver nesta franquia: sustos e mais sustos.

Certamente minha impressão sobre a película seria melhor se nesta noite não tivessem três tagarelas mal educados na fila atrás de mim comentando tudo: dos trailers aos créditos finais. Tem gente que não deveria entrar em uma sala de cinema. 

   
Título original: (Paranormal Activity 3)
Lançamento: 2011 (Estados Unidos)
Direção: Henry Joost, Ariel Schulman
Atores: Christopher Nicholas Smith, Lauren Bittner, Jessica Tyler Brown, Chloe Csengery.
Duração: 85 min
Gênero: Suspense

domingo, 16 de outubro de 2011

Os três Mosqueteiros


- E mais uma coisa filho...  (pai de D'Artagnan, um nobre Gascão)
- Já sei pai, “não se meta em confusão”...  (D'Artagnan)
- Não filho, se meta em confusão, lute, viva.  (pai de D'Artagnan, um nobre Gascão)


Os fãs de Alexandre Dumas talvez não apreciem muito este filme, pois, Paul Anderson, o diretor, fez algumas adaptações que fogem bastante da aventura original. Por falar em adaptações, espero que os historiadores também não fiquem chateados pelas aberrações tecnológicas implantadas em pleno século XVII. Diria o diretor: foi tudo em prol da ação.

É um filme de ação, recheado de explosões, armas futuristas, lutas, duelos de espadas e algumas situações engraçadas. Ou seja, batalhas entre dirigíveis, isto mesmo, dirigíveis nos céus da Europa. Na verdade a batalha foi muito parecida com aquelas bastante comuns em filmes envolvendo piratas. Os duelos de espada não trouxeram golpes especiais ou inovadores, aliás, em alguns momentos o diretor fugia das tomadas longas, quem sabe porque os autores não tinham decorado bem a coreografia. 

Entre as cenas mais engraçadas do filme estão aquelas com o rei Louis (Freddie Fox), retratado como um adolescente inseguro, apaixonado e bastante preocupado com a atualidade da moda. Sem falar no colorido proporcionado pelo figurino que também é muito interessante.

A trama já é bastante conhecida: após um audacioso golpe dos Mosqueteiros e da bela Milady (Milla Jovovich) na cidade de Veneza com um desfecho inesperado, a estória avança alguns anos até D'Artagnan (Logan Lerman), um jovem sonhador que se despede dos pais e segue para Paris em busca do sonho de ser um Mosqueteiro. Após muitas confusões nesta cidade o tão aguardado encontro com seus heróis acontece, talvez não da forma como ele esperava. Athos (Matthew Macfadyen), Aramis (Luke Evans) e Porthos (Ray Stevenson) já não eram tão heróis assim, porém ainda tinham a admiração do rei.  E é para proteger este rei que eles lutarão juntos novamente, pois o cardeal Richelieu (Christoph Waltz) conselheiro do rei, trama por a França em guerra contra a Inglaterra do Duque de Buckingham (Orlando Bloom). Seu objetivo é desestabilizar e tirar do trono o instável e inseguro rei Louis. 

Enfim, entre os pecados históricos ou contra Alexandre Dumas e, por outro lado, as inovações, se você não é fã do clássico original ou muito exigente quanto as adaptações, quem sabe até pode se divertir com o filme.

Título original: (The Three Musketeers)
Lançamento: 2011 (França, Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos)
Direção: Paul W.S. Anderson
Atores: Matthew Macfadyen, Logan Lerman, Luke Evans, Ray Stevenson.
Duração: 110 min
Gênero: Aventura

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Capitães da Areia


- Ladrão aqui dentro não, nós somos ladrão lá fora e você sabe disso Ezequiel, vai embora agora! ( Pedro Bala)


As vésperas de comemorarmos o centésimo aniversário de nascimento de Jorge Amado, chega as telonas o bom filme Capitães da Areia, resultante da adaptação de livro homônimo. O escritor baiano, entre tantos adjetivos, é reconhecido por retratar com muita propriedade aspectos culturais e sociais do Brasil, principalmente da Bahia, desde as relações de mando e desmando dos “coronéis do cacau”, no sul do Estado, até elementos do cotidiano soteropolitano, principalmente das ladeiras do Pelourinho. Lembremos ainda de outros filmes baseados em livros do famoso escritor: Gabriela Cravo e Canela, Dona Flor e Seus dois Maridos, Quincas Berro D`Água, sem mencionar algumas novelas influenciadas por muitas estórias interessantes do bom baiano.

Trazendo consigo todas as dificuldades inerentes as adaptações de livros para o cinema, Capitães da Areia, ainda encanta com facilidade, principalmente aqueles que não leram o livro, pois estes podem ser menos exigentes quanto ao roteiro. A candura, o romantismo e as aventuras dos Meninos conseguem nos atrair de tal forma que até esquecemos da imaturidade de muitos atores (em algumas cenas parecem estar lendo suas falas). Concentramo-nos na trama, nas angústias, nos sofrimentos, na luta diária pela sobrevivência, e como não poderia deixar de ser, somos capturados para a companhia daqueles jovens de uma época distante (1930). Mas é sabido que estes Meninos ainda permanecem entre nós, porém, desta vez, nosso olhar sobre eles – quem sabe ofuscado pela mídia - nos faz enxergá-los como perigosos delinquentes, que estariam bem melhor atrás das grades. Ou não seria verdade que a defesa da redução da maioridade penal seduz muitos brasileiros?   

Pedro Bala (Jean Luís Amorim) lidera um grupo de adolescentes que moram nas ruas de Salvador, entre eles: Professor (Robério Lima), Gato (Paulo Abade), Sem Pernas (Israel Gouvêa) e Boa Vida (Jordan Mateus). Vivem de pequenos furtos e correrias pela cidade, desde o Porto a casa de meretriz ou as ricas mansões da área nobre da cidade, sempre buscando a sobrevivência, seja através de mentiras, pequenas malandragens ou furtos. Até que um dia conhecem outra jovem órfã e seu irmãozinho, era Dora (Ana Graciela) e Zé Fuinha (Felipe Duarte). E assim, Professor a convida para morar com eles, não imaginava que a presença de uma menina mudaria bastante a dinâmica do grupo, resta saber se  para melhor ou para pior. 

Confira este bom filme e também sua trilha sonora.


Título original: (Capitães da Areia)
Lançamento: 2011 (Brasil)
Direção: Cecília Amado
Atores: Jean Luís Amorim, Ana Graciela, Robério Lima, Paulo Abade.
Duração: 96 min
Gênero: Drama

A Hora do Espanto

- Nunca convide um vampiro pra entrar em sua casa (Ed)


Seguindo a onda das refilmagens que nos são apresentadas aos montes, esta é a vez de A Hora do Espanto, cuja primeira versão data do ano de 1985, dirigido por Tom Holland, e que contaram ainda com os atores: Chris Sarandon, William Ragsdale, Amanda Bearse e Roddy McDowall. Mesmo não sendo tão elogiado quanto o original, esta última versão consegue apreender o expectador, principalmente nesta época em que os vampiros são bonzinhos, voadores e brilhantes.

Sem ser exagerado ou cair na mesmice, o filme nos traz, como sempre, os adolescentes e seus traumas, alguns rostos bonitos, além dos clássicos mandamentos que cercam o mundo vampiresco: água benta, estaca no coração, não entrar na casa em que não é convidado, mortal a luz solar, ou seja, coisa pouca, nada demais...

Muitos já assistiram a primeira versão e conhecem a estória, mas para aqueles que são mais novos, como eu, farei um breve relato: Ed (Christopher Mintz-Plasse) é um jovem adolescente aficionado por vampiros, aliás, é um verdadeiro caçador destas criaturas, porém não consegue convencer Charley (Anton Yelchin), amigo de infância, que seu vizinho, Jerry Dandridge (Colin Farrell) é na verdade um destes vampiros. Principalmente porque Charley já não se interessa muito por estórias de vampiros, e sim por meninas, ou melhor, por Amy (Imogen Poots), sua namorada.    

Não passa muito tempo e Charley percebe que Jerry realmente escondia algo, e todos a sua volta poderiam estar em perigo, inclusive sua mãe Jane (Toni Collette), bastante encantada pelo vizinho. Descobrir a verdade sobre o vizinho, não parecer um nerd a ponto de ficar mal com a namorada e os amigos: esta era a missão de Charley, pelo menos era o que ele imaginava.


Título original: (Fright Night)
Lançamento: 2011 (Estados Unidos)
Direção: Craig Gillespie
Atores: Colin Farrell, Anton Yelchin, Toni Collette, Christopher Mintz-Plasse.
Duração: 120 min
Gênero: Terror

domingo, 2 de outubro de 2011

Sem Saída

- O que minha foto está fazendo em um site de pessoas desaparecidas? (Nathan)



Não adiantou dispensar dublês, ou se ancorar na fama da saga Crepúsculo, pois, definitivamente, Taylor Lautner não convenceu neste filme. Aliás, sendo mais justo com o moleque, a verdade é que o próprio filme é fraco, previsível e, apesar de todas as cenas de ação, também é monótono.

A vida parecia normal para Nathan (Taylor Lautner): escola, amigos, festas, família, uma queda por sua vizinha Karen (Lily Collins), etc... até que um dia, ao realizar uma pesquisa para a escola, descobre uma foto de infância sua em um site de desaparecidos. Imediatamente aquelas pessoas em sua casa, que por muito tempo chamara de pai e mãe, pareciam ser totalmente estranhas, ainda mais quando agentes secretos da CIA invadem sua casa e tentam matá-lo.

Fugir, esta é sua única chance. Com poucas pessoas para confiar, Nathan e Karen seguem atrás de pistas que ajudem a descobrir o que está acontecendo: quem são seus pais verdadeiros, por que a CIA ou um agente sérvio, Kozlow (Michael Nyqvist), lhe persegue?

Se o objetivo de Lautner era desconstruir a imagem deixada por Crepúsculo, acredito que este filme não foi uma boa escolha. Simplesmente juntar rostos bonitos e semi famosos, carros, tiros, golpes, explosões e perseguições não é a fórmula mágica para fazer um bom filme de ação, é fundamental também que exista um bom roteiro. Na semana em que as opções variavam entre Premonição, Conan e Sem Saída... é irresistível não cair no igualmente terrível trocadilho: fiquei sem saída, argh!


Título original: (Abduction)
Lançamento: 2011 (EUA)
Direção: John Singleton
Atores: Taylor Lautner, Lily Collins , Alfred Molina, Sigourney Weaver.
Duração: 106 min
Gênero: Suspense

Quem Vai Ficar Com Mary


- Eu não sou um tarado. (Ted)


Em busca de ânimo para comentar o nada estimulante Sem Saída, resolvi assisti esta mais ou menos antiga comédia, pois assim, quem sabe não me inspiro, ou esqueço, o fraco e mais novo filme de Taylor Lautner.

É a típica comédia de Bem Stiller. Interpretando Ted Stroehmann, um personagem meio bobalhão que se mete em confusões desconcertantes, cheio de traumas, mas que não desiste dos sonhos, sempre ganha a simpatia do espectador. Já Cameron Diaz, treze anos mais jovem, interpreta Mary Jensen Matthews, a garota mais bela do colégio, objeto de desejo de muitos.

Aquela que seria a noite mais feliz de Ted, pois levaria Mary ao baile, transformou-se no grande trauma de sua vida. Em uma desastrosa visita a casa dos pais de Mary, com o objetivo de buscá-la para o esperado baile, Ted tem um terrível acidente no banheiro, (algo que já aconteceu com a maioria dos homens): suas partes íntimas ficam presas no zíper da calça. Na tentativa de ajudar, não só a família invade o banheiro, mas também um policial e vários bombeiros, até que chega a ambulância e toda a vizinhança fica sabendo do constrangedor acidente.

Treze anos após este fatídico encontro surgem em cena Ted e seu terapeuta. É assim que inicia a procura por Mary, a única mulher que nosso personagem havia amado. Porém, não foi apenas Ted que fora fisgado pelos encantos de Mary, outros também tiveram os corações dilacerados, entre eles, Pat Healy (Matt  Dillon), um detetive de métodos não muito honestos, e um grande amigo de Mary, Norman Phipps (Lee Evans).

Como a maioria dos filmes de Stiller este também lhe rouba algumas risadas e vale a pena suas duas horas, principalmente se você quer se curar de um Sem Saída.


Título original: (There's Something About Mary)
Lançamento: 1998 (EUA)
Direção: Bobby Farrelly, Peter Farrelly
Atores: Cameron Diaz, Ben Stiller, Matt Dillon, Lee Evans.
Duração: 119 min
Gênero: Comédia