- Dick Harper! Mas que sorte você tem! (Chefe da Pirâmide
Tech)
- Que mundo pequeno... olha, meu amigo, você vai me
desculpar mas eu não consigo me lembrar de onde você me conhece. (Dick)
- Ah, eu não conheço você não. Eu vi você tremendo
na televisão... minha nossa, foi demais hahaha. Temos uma expressão aqui para
quem comente um erro: ‘é burro feito o Dick’. Hahahaha ... Já entrou no site dickharperemane.com? (Chefe
da Pirâmide Tech)
- o quê?... Podemos continuar a entrevista de
emprego?(Dick)
- Entrevista de emprego? .... Hahahaha.... só
queremos bater sua foto, vamos lá pessoal junta mais... (Chefe da Pirâmide
Tech)
Neste post especial eu poderia ter escolhido um filme clássico, um campeão de bilheteria ou quem sabe um Cult, como foi o
100° comentário, porém, fiz a opção por um filme que, de uma forma ou de outra, vejo sempre com outros olhos. Sinto-me colega de aventura, cúmplice de Dick e Jane, por isso, talvez até ache mais graça do que as outras pessoas das peripécias do casal diante daqueles momentos de crise. No fundo mesmo é aquela identificação subjetiva que cada um de nós, seres humanos, temos com uma expressão artística: seja uma canção, um poema, uma pintura, um filme, enfim, sempre encontramos um(a)
para chamar de meu!
Por outro lado, não podemos destituir a qualidade do filme. Carrey, interpretando Dick Harper, faz o típico papel que o consagrou: piadas espalhafatosas, gesticulações e caretas excessivas, não chegou a ser um MásKara, mas ficou perto. E Téa Leoni, interpretando Jane, a esposa dedicada, entendeu o sentido do filme. Uma refilmagem de Adivinhe Quem Veio para Roubar (1977), interpretado por George Segal e Jane Fonda. Enquanto o original fez uma crítica ao posicionamento americano frente às questões geopolíticas, desta vez, mais de trinta anos depois, Carrey e Leoni brincam com a ganância corporativista dos anos dois mil, e como não, belisca o estilo de vida do norte-americano (pelo menos o estilo dos executivos que fazem de tudo para se manterem no topo).
Harper parecia ter conseguido aquela promoção que sempre sonhara, afinal, tinha sido chamado ao 51° andar, isso mesmo, ao 51° andar, o Território dos Grandes, e foi lá que lhe deram o ostentoso cargo de Vice Presidente de Comunicação da Empresas Globo Dine! Mas o que parecia ser um sonho logo se transformaria no maior dos seus pesadelos. Este cargo foi a maior enrascada que só findou com sua demissão, e, é a partir daí que começam as aventuras. Dick e Jane tentam fazer de tudo para manter seu alto padrão de vida: vender os móveis, o carro, ser cobaia para novos produtos estéticos, brigar com mexicanos ilegais por bicos, até partir para os assaltos.
Sempre que revejo este filme acabo rindo das mesmas piadas, desde os estereótipos: executivos jogando golfes no escritório, voando pra lá e pra cá de helicópteros, até seus exagerados caprichos, como o Mercedes que responde ao comando de voz ou uma coleira inibidora de latidos, etc.
Este já é um daqueles filmes do tipo Sessão da Tarde, ou seja, para a maioria das pessoas só serve mesmo como “Momento Nostalgia!”, mas, ainda assim, sempre o considerarei um dos melhores do gênero comédia.
Título original: (Fun with Dick and Jane)
Lançamento: 2005 (EUA)
Direção: Dean Parisot
Atores: Jim Carrey, Téa Leoni, Alec Baldwin, Richard Jenkins.
Duração: 90 min
Gênero: Comédia