domingo, 31 de julho de 2011

Vanilla Sky

"Meus sonhos são uma piada de mal gosto. Eles debocham de mim. Até nos meus sonhos sou um idiota que sabe que vai acordar para a realidade" (David)


Comentar Vanila SKY em meia dúzia de parágrafos sem entregar o filme ou sem ser superficial demais é uma tarefa bastante difícil. Com um roteiro repleto de idas e vindas que, por um lado confundi o espectador, mas por outro torna a trama mais atraente e surpreendente. Realidade e ficção se cruzam o tempo todo, misturado a uma boa dose de ficção futurista. O personagem principal, David Aames, na pele de Tom Cruise, que exibe boa atuação, parece viver aqueles delírios próprios dos sonhos que parecem realidade ou vice-versa.

Baseado no filme espanhol Abre los ojos, de 1997, escrito e dirigido por Alejandro Amenábar e Mateo Gil, Vanila Sky conta o drama de David Aames, um empresário que herda a empresa do pai. Bonito, vaidoso e galanteador, David mantinha um relacionamento superficial com Julie Gianni (Cameron Diaz), baseado em encontros casuais sem nenhum compromisso sério, pelo menos era o que ele pensava, porém, Julie nutria uma forte paixão por David que a levava a fortes decepções por não ser correspondida como desejava. Se a situação já não era agradável para Julie, piorou quando David se apaixona pela bela Sofia Serrano (Penélope Cruz). Assim, desesperada, Julie, no que parecia ser um encontro casual, oferece carona a David e põe em prática seu plano suicida: Julie acelera forte o carro e provoca um grave acidente ao jogar o carro de um viaduto na tentativa desesperada de por fim a sua vida e a de David. Julie morre, mas David, após passar semanas em coma, acorda com o rosto todo desfigurado.

Aquele jovem, até então orgulhoso de sua beleza, fará de tudo para recuperá-la, além de tentar se esquivar de uma acusação de homicídio, conquistar o amor de Sofia, controlar a empresa cobiçada pela diretoria e entender o que é sonho e o que é realidade naquela vida pós-acidente. Porém, como eu disse lá em cima, o roteiro de Vanila Sky não é tão simples assim, logo, este parágrafo pode estar totalmente em desacordo com o filme. Mas você só saberá se assisti-lo, e tenha certeza que não perderá seu tempo, pois é um daqueles filmes para assistir mais de uma vez sem se entediar.

Título original: (Vanilla Sky)
Lançamento: 2001 (EUA)
Direção: Cameron Crowe
Atores: Tom Cruise, Cameron Diaz, Kurt Russell, Johnny Galecki.
Duração: 145 min
Gênero: Drama

terça-feira, 26 de julho de 2011

Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2

“Hogwarts ajudará a quem a ela recorrer. Eu sempre me orgulhei da minha habilidade de formar uma frase. Palavras são, na minha nada humilde opinião, nossa inesgotável fonte de magia, capazes de causar grande sofrimento e também de remediá-los. Mas eu diria, neste caso, reformulando minha frase original, Hogwarts sempre ajudará aqueles que merecerem. Não tenha pena dos mortos, tenha pena dos vivos e acima de tudo daqueles que vivem sem amor.” (Dumbledore)

Sete filme e dez anos depois nos encontramos com aquele que promete ser o último filme da série (pelo menos até que Hollywood não resolva fazer uma Continuação ou então inventar uma “Origens”). Definitivamente Harry Poter encantou milhões de pessoas mundo afora, sejam os leitores ou cinéfilos, já deixando, inclusive, alguns órfãos chorosos com o fim da série. Mas não esqueçamos que, senão todo, mas grande parte do crédito desta obra deve-se a mente super criativa da britânica J. K. Rowling. A escritora vendeu mais de 450 milhões de exemplares dos livros que contam a saga do bruxo, em pelo menos 67 línguas diferentes. Desta forma, claro que se tornaria a escritora mais rica do mundo na história da literatura.

Já tinha ficado encantado com a riqueza de personagens da trilogia do também sensacional Senhor dos Anéis, e com Harry Potter não foi diferente, apesar de confessar envergonhado que não li nenhum livro das duas aventuras. Escrever, dar vida a personagens, preencher suas histórias, montar uma engrenagem social e além do mais deixar tudo isso interessante, é verdadeiramente construir uma obra de arte. Assim, Hollywood “veio na ponga”, o que não lhe tira o mérito, pois adaptações não são fáceis e os oito filmes ficaram bons, mesmo que alguns deles tenham sido um pouco longos e mornos. Enfim, J. K. Rowling foi fenomenal e Hollywood fez seu melhor.

E quanto ao filme? O nosso herói, Potter (Daniel Radcliffe) e seus inseparáveis amigos: Rony Weasley (Rupert Grint) e Hermione Granger (Emma Watson) sabem que precisam localizar e destruir as horcruxes, senão será impossível enfrentar Lorde Valdemort (Ralph Fiennes), ainda mais agora que este se apoderou da Varinha Mágica de Dumbledore. Inicialmente será necessário chegar ao cofre de Belatriz em Gringotes aonde certamente não terão facilidades. Porém, é no Castelo de Hogwarts que o ápce da trama se desenrolará. Ali duas forças se enfrentarão, aqueles que se juntarão a Potter contra os aliados do Lorde das Trevas.

Uma aperitivo antes das batalhas, ou entre elas, assistiremos algumas revelações interessantes: Qual a última horcruxe? Por que a varinha de Dumbledore não é tão poderosa assim com Valdemort? Qual o segredo de Severo Snipe? Há como matar “Você-sabe-quem”? O que aconteceu no dia em que Liliam impediu que Potter fosse morto ainda bebê? Mas a melhor parte está no final, inclusive para quem assistir em 3D, pois com exceção da última cena, quase não há diferença para o 2 D.

Não sei se podemos dizer adeus Potter, pois em se tratando de Hollywood podemos esperar sempre uma continuação, então... Até breve, meu caro!

Título original: (Harry Potter and the Deathly Hallows: Part 2)
Lançamento: 2011 (Estados Unidos)
Direção: David Yates
Atores: Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint, Alan Rickman.
Duração: 130 min
Gênero: Aventura

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Nascido em 4 de Julho

"Não pergunte o que seu país pode fazer por você. Pergunte-se o que você pode fazer por seu país" (JFK, Presidente dos Estados Unidos)


Não podemos dizer que foi injusto Tom Cruise não ter levado a estatueta de Melhor Ator no Oscar de 1990 interpretando o patriota Ron Kovic porque o vencedor daquele ano, Daniel Day-Lewis, também foi merecido. Ainda assim, Cruise merece destaque na historia da Academia em virtude da magnífica participação nesta obra prima do mestre Oliver Stone.

No ano em que Berlim dava adeus ao maldito Muro que separava uma mesma nação e várias famílias, simbolizando assim o fim da Guerra-Fria, ou o início daquilo que Francis Fukuyama chamaria de “O fim da História”. Uma alusão ao fim do embate que atravessara um século: capitalismo versus comunismo. Ou seja, neste mesmo ano (1989) Stone lança o segundo filme de sua trilogia sobre a Guerra do Vietnã (os outros são: Entre o Céu e a Terra de 1993 e, Platoon de 1986) e fatura sua primeira estatueta como diretor.

Ron Kovic é um jovem patriota desejoso de lutar no Vietnã por seu país. Envolvido pela atmosfera da época é enfim levado para o front de batalha, porém a realidade é muito mais cruel do que poderia suportar um quase ingênuo sentimento nacionalista, e kovic é gravemente ferido em batalha. De volta a sua terra, é recebido como herói, contudo, paraplégico terá que viver para sempre em uma cadeira de rodas. Ainda assim seu sentimento em relação à guerra e ao seu país não havia mudado, a julgar pela frase que sempre bradava aos críticos do governo e da Pátria: “ame-a ou deixe-a“.

Mas, assim como a sociedade americana despertava para aquilo que parecia ser uma guerra interminável e dolorosa, Kovic, abandonado pelo governo, passa então a questionar a necessidade e a natureza daquele conflito. É desta forma, em meio a um verdadeiro conflito interno tão bem interpretada por tom Cruise, que aquele herói se alia aos grupos que protestavam contra a guerra, principalmente os hippies.

Um retrato da densa e confusa atmosfera que envolvia os norte-americanos na década de sessenta e setenta: em meio a uma guerra, rodeados por discursos ideológicos, propagandas e armações do governo. Neste sentido o caminho percorrido por Kovic pode bem representar boa parte desta população, que inicialmente apoiou a iniciativa militar do seu país, mas que, não tão rápido, percebeu que a guerra não era uma decisão correta.

Pacifista ou não, este filme você deve assistir!


Título original: (Born on the Fourth of July)
Lançamento: 1989 (EUA)
Direção: Oliver Stone
Atores: Tom Cruise, Bryan Larkin, Raymond J. Barry, Caroline Kava.
Duração: 144 min
Gênero: Drama

Bonequinha de Luxo

“Sabe qual é o seu problema, Srta. Quem-quer-que-seja? Você é medrosa. Não tem coragem. Tem medo de encarar a realidade e dizer “A vida é um fato. As pessoas se apaixonam sim e pertencem umas às outras sim, porque esta é a única chance que têm de serem realmente felizes”. Você acha que é um espírito livre, selvagem e morre de medo de ser enjaulada. Bem, querida, você já está nessa jaula. Você mesma a construiu. E ela não fica em Tulip, Texas ou em Somaliland. Ela está em qualquer lugar que você vá. Porque não importa para onde você corra, você sempre acaba trombando consigo mesma.” (Paul Varjak)


Em 2011 Bonequinha de Luxo completa cinqüenta anos e não serão poucas as homenagens a este que é considerado um clássico do cinema. Alguns canais de TV paga estão exibindo o filme e os cinéfilos já varrem a net com críticas e mensagens elogiosas. O que é Justo, muito justo, pois este filme já faz parte da História do cinema.

A trama não é complexa, pelo contrário, conta a história de Holly Golightly, interpretada pela bela Audrey Hepburn. Holly é uma jovem ambiciosa que abandona o marido (Buddy Ebsen) e a família para tentar uma sorte melhor em Nova York. Um “animal selvagem”, de acordo com suas próprias palavras, que nutre um grande amor pelo irmão Fred que está a serviço do exército, além de um forte objetivo: casar com um homem rico, seja para ajudar o irmão quando este retornar da guerra, ou para manter uma vida luxuosa, quem sabe tão luxuosa quanto aquela presente na joalheria Tiffany´s. Aliás, seu  cartão de visitas está logo na primeira cena, quando Holly, vestida elegantemente, admira vagarosamente a vitrine de uma joalheria.

Porém, até encontrar este homem rico Holly mantém encontros com alguns homens que lhe pagam “50 dólares para ir ao Toalete”. Entenda isto como quiser, há um tempo atrás seria uma prostituta, ou mais tarde, Garota de Programa, quem sabe Profissional do Sexo, que é mais contemporâneo, porém, neste caso, o mais adequado seria mesmo Acompanhante de Luxo. Holly também faz visitas a penitenciária da cidade, aonde, sem saber, transmite importantes informações a um traficante que ela diz ser seu contador, através das “previsões do tempo”.

Os planos de Holly saem de rumo quando conhece seu novo vizinho, Paul Varjak (George Peppard), um jovem escritor pouco sucedido que também presta serviços sexuais a uma amante rica (Patricia Neal). A paixão logo os arrebata, porém será que Holly abandonaria seus planos para ficar com um escritor fracassado?

Contamos ainda com um moreno (?) brasileiro, o José Pereira da Silva (José Luis de Villalonga), o milionário que promete satisfazer o tão desejado sonho de Holly. Além de O Gato, um bichano que certamente levaria a estatueta de Melhor Interprete Animal, claro, se esta existisse.

Assim, aproveite o aniversário e assista ou assista novamente uma das cinquentonas mais queridas do cinema.



Título original: (Breakfast at Tiffany's)
Lançamento: 1961 (EUA)
Direção: Blake Edwards
Atores: Audrey Hepburn, George Peppard, Patricia Neal, Buddy Ebsen.
Duração: 115 min
Gênero: Drama

sexta-feira, 22 de julho de 2011

O Menino do Pijama Listrado

A infância é medida pelos sons, aromas e paisagens, antes de surgir a hora sombria da razão. (John Betjeman – Epílogo)


O leitor do livro de John Boyne, que serviu de inspiração para o filme, não elogiaria a película, o que é bastante comum, na verdade são raríssimas as situações em que o oposto acontece, ou seja, o filme ser mais emocionante que o livro. Assim, a chance de gostar deste filme dependerá de você ter lido ou não o livro. Eu não o li e gostei bastante do filme, se bem que sou suspeito para comentar, pois longas que contam o drama humano em consequência de guerras estão entre os meus favoritos.

Seu epílogo não poderia ser melhor. Quem sabe sirva também pra explicar como Bruno (Asa Butterfield), um garoto de 8 anos, poderia ser tão, digamos, bobinho. Talvez não tivesse ainda sido tragado pelas trevas razão.

Invariavelmente antes do final dos filmes que tratam dos horrores da Segunda Guerra, me suscita a mesma questão, nada original por sinal, Como puderam? Ou seja, que anestesia foi esta capaz de permitir a morte de milhões de civis presos, aliás, elaborar engenhocas que possibilitasse matar mais de uma só vez? E não nos sintamos confortáveis por este episódio ter acontecido há quase 70 anos, pois notícias sobre genocídios são de uma frequência quase anual.

Bruno é filho de um oficial do exército nazista (David Thewlis) promovido para uma missão importante, para isso teria que mudar de Berlim junto com sua esposa (Vera Farmiga) e os dois filhos. O pai até que era amoroso, dedicado e sempre disposto a dar-lhes conforto, um forte contraste com aquele oficial responsável pelo prosseguimento da missão de extermínio.

Mesmo contrariado por ter que deixar seus amigos, Bruno foi com a família para sua nova casa longe Berlim. Sem saber, o jovem garoto iria morar ao lado de um Campo de Concentração. Bruno estranhava que aqueles “fazendeiros” estavam sempre de pijamas, ou que um dos empregados da casa (um dos judeus presos) deixou de “praticar a medicina” para cortar batatas. Sua curiosidade o leva a explorar á área, até que, escondido dos pais, Bruno alcança a cerca eletrificada do Campo de Concentração. É assim que conhece Shmuel (Jack Scanlon), outro menino de 8 anos, entristecido e sentado ao lado da cerca, se escondendo dos trabalhos forçados e da violência dos guardas. Bastaram poucas conversas para que os dois se tornassem amigos e demonstrassem a não adequação àquele mundo cruel e indeciso dos adultos.

Fugas no meio da tarde para ver o novo amigo, brincadeiras separadas por uma cerca, pequenas descobertas que poderiam revelar a verdadeira atividade do pai, aquele que não parecia mais ser seu herói. E uma chaminé sempre em operação, da qual exalava uma densa fumaça negra com um terrível odor. Não sabia Bruno que ali queimavam diariamente os amigos e familiares de Shmuel.

Um filme que passa rápido. Clichê para alguns, muito inferior ao livro para outros, porém, triste, como não poderia deixar de ser.


Título original: (The Boy in the Stripped Pyjamas)
Lançamento: 2008 (EUA, Inglaterra)
Direção: Mark Herman
Atores: Asa Butterfield, Zac Mattoon O'Brien, Domonkos Németh, Henry Kingsmill.
Duração: 94 min
Gênero: Drama

domingo, 17 de julho de 2011

Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 1


- Eu vi seu coração, e ele é meu. (Lorde Voldemort)

Alvo Dumbledore (Michael Gambon) está morto, Severo Snape (Alan Rickman), aliado de Lorde Voldemort (Ralph Fiennes), assumiu o controle da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, assim, Harry Potter (Daniel Radcliffe), Ron Weasley (Rupert Grint) e Hermione Granger (Emma Watson) preferem não se arriscar e não voltam a escola, porém decidem ir em busca das Horcruxes, e destruí-las antes que Voldemort as encontre.

Antes de seguir em sua nova e perigosa missão, Potter precisa fugir de Voldemort e dos Comensais da Morte, para isso Rony, Hermione, Remo Lupin (David Thewlis), Hagrid (Robbie Coltrane) e "Olho-Tonto" Moody (Brendan Gleeson), tomaram a Poção Polissuco e assumindo a forma física de Harry, todos tentarão enganar Voldemort, seguindo para um lugar seguro. Apesar de conseguirem se livrar do perigo, o trio terá que permanecer sempre em fuga, ao mesmo tempo em que caçam as Horcruxes. Porém, alguns presentes deixados por Dumbledore podem-lhes ser bastante útil nesta jornada. Rufo Scrimgeour (Bill Nighy), foi quem transmitiu ao trio estes presentes: para Hermione, uma cópia do livro "Os Contos de Beedle, o Bárdo"; Para Ron, o Desiluminador; já Harry ficou com o primeiro Pomo de Ouro que ele pegou em um jogo de Quadribol, além da espada de Godrico Grifinória.

Diferente dos filmes anteriores, desta vez o trio tem que permanecer em fuga constante, pois o perigo sempre está presente, além de enfrentar os efeitos mágicos que o Medalhão de Salazar Sonserina causa ao seu portador que é provocar conflitos e cisões no grupo. É nesta incansável busca que reencontram um grande amigo, o elfo Dobby que em algum momento será muito importante para suas vidas.

Será que depois de superar vários obstáculos, perigos e desafios, tanto no Mundo da Magia quanto no Mundo dos Trouxas, o trio ainda conseguirá impedir que Voldemort destrua a tumba de Dumbledore e roube a Varinha mais poderosa de todas?

A maior de todas as batalhas estaria ganhando forma.

Este episódio é uma ótima preparação para o que estar por vir, se as Relíquias da Morte - Parte I já é o melhor filme da série, imagine sua segunda parte? Segundo as críticas dos nossos blogueiros parceiros, superam nossas expectativas. Contando os minutos...


Título original: (Harry Potter and the Deathly Hallows: Part 1)
Lançamento: 2010 (Reino Unido, EUA)
Direção: David Yates
Atores: Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint, Ralph Fiennes.
Duração: 146 min
Gênero: Aventura

Harry Potter e o Enigma do Príncipe


-O Senhor já sabia, na época? (Harry Potter)
-Que acabara de conhecer o bruxo das trevas mais perigoso de todos os tempos? Não. (Dumbledore)


Seguindo o embalo provocado pela exibição do último filme da série que encantou fãs no mundo inteiro, darei sequência aos comentários dos Filmes de Harry Potter.

À medida que a trama vai avançando os personagens vão se estabelecendo em seus lados na trincheira, neste episódio não foi diferente, aliás quem sabe tenha sido o mais decisivo para o jovem Potter (Daniel Radcliffe), afinal o que está em jogo desta vez é a vida daquele que foi sua inspiração, sua fortaleza, ninguém menos do que Dumbledore (Michael Gambon).

Entre outros acontecimentos, os fãs e apreciadores da série irão ver neste episódio o Severo Snape (Alan Rickman) no cargo de professor de Defesa Contra as Artes das Trevas. Se este em outros momentos já transmitia a impressão de que escondia algo, desta vez ele revela de que lado irá lutar. Draco Malfoy (Tom Felton) é outro que avançou na hierarquia, deixou de ser o pentelho abusado de sempre, tornando se mais perigoso ao se aproximar dos comensais da morte e do lobisomem Fenrir Greyback (Dave Legeno), aliado de Voldemort (Ralph Fiennes). Há ainda o professor Horácio Slughorn (Jim Broadbent), aquele que um dia foi professor de Tom Riddle, que veio a se tornaria Voldemort. Este professor teria contado ao malfeitor o segredo da imortalidade, por isso Potter deveria ficar na cola do professor Slughorn para descobrir o tal feitiço. Nas aulas Potter passa a usar um livro que foi de um poderoso feiticeiro, o Príncipe Mestiço, e com ele apreende uma série de encantos e dicas escritas nos versos do livro. E para não ficar somente nos conflitos e feitiços, o roteiro também traz romance: Harry começa a namorar Gina (Bonnie Wright), e Ron (Rupert Grint) passa a namorar Lilá Brown (Jessie Cave), o que deixa Hermione(Emma Watson) com ciúmes.

Malfoi conseguirá cumprir sua missão? Quem era esse poderoso feiticeiro, o Príncipe Mestiço? Qual seria o segredo para a imortalidade? O que acontecerá com Dumbledore? São questões que serão reveladas sim, mas para saber terá que assistir e se divertir.


Título original: (Harry Potter and the Half-Blood Prince)
Lançamento: 2009 (EUA, Inglaterra)
Direção: David Yates
Atores: Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint, Helena Bonham Carter.
Duração: 153 min
Gênero: Aventura

Parceria

O Blog Alguns Filmes tem a satisfação de anunciar mais uma parceria, desta vez é com o belíssimo blog Cine Lupinha, um blog recheado de ótimas indicações. Para quem aprecia aquelas duas horas mágicas em frente à telona, dê um click e confira suas dicas!




sábado, 9 de julho de 2011

Eu Sou a Lenda


- Ele (Bob Marley) teve esta idéia como a ideia de um virologista, ele acreditava que poderia curar racismo e ódio, literalmente curar, apenas injetando música e amor na vida das pessoas. Um dia ele iria dar um show em um comício pela paz, então pistoleiros foram até a casa dele e atiraram nele. Dois dias depois ele subiu naquele palco e cantou. Alguém perguntou: por que? Ele disse: as pessoas que tentam tornar este mundo pior não tiram um dia de folga, como é que eu vou tirar? (Robert Neville)

 
Filmes com teor catastrófico, apocalíptico não são novidades em Hollywood, todo ano tem um batendo recordes de bilheterias, quando o causador da tragédia não é o clima, a guerra, ou então invasão alienígena, com certeza é um vírus mortal. Eu Sou a Lenda foi a bola da vez no ano de 2008, adaptado do livro homônimo de Richard Matheson, também ganha visibilidade graças ao astro Will Smith que não decepcionou.

Três anos após a apressada evacuação da cidade de Nova Iorque Robert Neville (Will Smith ) ainda permanece entre seus escombros, seu objetivo é manter-se no marco zero e tentar descobrir a cura para o terrível vírus K, responsável pela morte de 90% da população da Terra, deixando ainda 9% contaminados que se transformaram em uma mistura de vampiros-zumbi-raivosos que se alimentam do sangue daqueles seres humanos imunes ao vírus, apenas 1% da população, e o cientista Neville está entre estes imunes.

Seu trabalho é percorrer a cidade enquanto há luz solar em busca de novas descobertas que o leve a cura do vírus, na verdade é só uma desculpa do roteirista pra aquele cientista e sua cadelinha sair matando zumbis por aí. Cansado de falar com San, sua fiel cadelinha, e com manequins, Neville finalmente encontra seres humanos de verdade já na metade do filme, são Ana (Alice Braga) e Ethan (Charlie Tahan) sobreviventes que saíram do Brasil e seguem rumo a um local livre do vírus. Ana diz seguir a voz de Deus. Se na primeira parte do filme assistimos Neville caçando os vampiros-zumbi-raivosos, na segunda metade veremos o inverso, mesmo que pouca coisa tenha mudado de verdade.

Penso que o que mais impressiona no filme seja exatamente o cenário, não é nada sofisticado, recheado de efeitos especiais, são apenas ruas desertas e abandonadas, porém conseguiu passar grande parte da ideia apocalíptica do filme. É interessante também perceber o processo de desequilíbrio emocional de Robert Neville, em alguns momentos duvidamos se falar com manequins é apenas distração ou loucura por parte do personagem. E os vampiros-zumbi-raivosos não estavam distante da realidade do filme, até que transmitiam uma sensação de medo. Talvez tenha faltado mostrar um pouco mais o início daquela catástrofe toda, mas como Hollywood não perde tempo, esta parte da estória já está servindo de roteiro para uma continuação. Em fim, para um filme com roteiro bastante comum até que aquelas explosões, correrias e medo do entardecer divertem um pouco.


Título original: (I Am Legend)
Lançamento: 2007 (EUA)
Direção: Francis Lawrence
Atores: Will Smith, Alice Braga, Salli Richardson, Paradox Pollack.
Duração: 101 min
Gênero: Ficção Científica