terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Ray Charles

Hit the road, Jack and don't you come back no more,
(Caia na estrada, Jack e não volte nunca mais,)

no more, no more, no more

(nunca mais, nunca mais nunca mais)

Hit the road, Jack and don't you come back no more

(Caia na estrada, Jack e não volte nunca mais)

What you say?

(O que você disse?) 
         Música:  Hit The Road Jack  (Caia Na Estrada Jack)


Ray Charles Robinson (Jamie Foxx) nasceu nos anos trinta na Georgia, um Estado Norte-americano racista. Negro, pobre, pai ausente, e cego. A vida não foi fácil para este homem que se tornou ícone da música mundial. 

Obrigado a digerir traumas da infância e lições que sua mãe, Aretha Robinson (Sharon Warren) sempre fez questão de lhe ensinar, pois não queria que seu filho fosse humilhado algum dia e chamado de aleijado. Ray sempre tentou seguir a risca os mandamentos da mãe, principalmente naquele que foi seu maior desafio: o vício em heroína. 

Um prematuro desembarque em Seatle, aonde buscava iniciar sua carreira musical, ou mais que isso, tentava se manter economicamente independente, o que já seria uma grande vitória naqueles dias para um negro cego. Seu talento logo foi percebido, e mesmo  sabendo que deveria se esforçar bastante para não ser enganado por pessoas mal intencionadas, ainda assim, nem sempre conseguia impedir que aproveitassem do seu dom. 

Ao longo das mais de duas horas de filme podemos acompanhar, através do ótimo trabalho de Jamie Foxx, os erros e acertos de Ray, sua habilidade e criatividade, seu crescimento e reconhecimento, sua relação com o movimento anti-racismo que aflorava nos Estados Unidos naqueles anos, sem esquecer a conturbada relação com as mulheres que sempre estiveram perto do astro; desde sua esposa, Della Bea (Kerry Washington), até Margie (Regina King), uma de suas cantoras. Porém, o que mais atrai nossa atenção, além da constante relação de Ray com o passado; seja com a mãe ou com o irmão morto prematuramente, é exatamente sua dependência química. Mal que parece ser um preço caro demais que alguns artistas andam pagando pelo sucesso. 

As seis indicações ao Oscar do ano de 2005 atestam a qualidade da obra cinematográfica. Destas indicações conseguiu faturar nas categorias de Melhor Mixagem de Som e Melhor Ator, prêmio merecido ao ótimo trabalho de Jamie Foxx. Entretanto, não devemos assistir a este filme em virtude apenas das suas premiações ou qualidade técnica, mas sim, por ser uma perfeita oportunidade de conhecer um pouco mais da vida daquele que reinventou a soul music.


Título original: (Ray)
Lançamento: 2004 (EUA)
Direção: Taylor Hackford
Atores: Jamie Foxx, Kerry Washington, Regina King, Clifton Powell.
Duração: 153 min
Gênero: Drama

6 comentários:

  1. Ray é mesmo uma excelente cinebiografia, bastante atual no tocante aos vícios que muitos cantores precisam enfrentar. Ray Charles também teve de superar outras dificuldades, como a cegueira e o fato de ser um negro talentoso em um país racista.
    Abraços!

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  2. Vi algumas partes. Mas, esse é um que preciso ver com carinho e calma.

    Belo lembrete de filme.

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. filme muito bom... já vi 4 vezes e não me caso de assistir; não são a sua musica me chama atenção mais também a sua historia que é traduzida através desse filme.

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  5. Adorei este texto sobre Ray Charles,quase ninguem fala nele em todo esse mar de blogs que temos por aí.Que bom lembra-lo,pois ele foi único no seu gênero.Grande abraço.

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  6. alguem q tenha o filme do ray dublado poderia postar pq dps q fexarao o megaupload nao axo ele em lugar algum ja assisti umas 4vezes e quero ver denovo só que nao encontro em lugar algum se alguem pudesse postar seria um grande favor

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